domingo, 9 de agosto de 2009

Roberto Birindelli usa experiência de vida para compor o mafioso Tucci, de "Poder Paralelo"

Roberto Birindelli é do tipo de ator que usa sua experiência de vida para construir seus personagens. Prova disso é que o tempo em que morou e atuou na Sicília, na Itália, foi fundamental na hora de criar o mafioso Francesco Tucci, de "Poder Paralelo". "Quando trabalhei na Sicília, vi a máfia em ação. Acho até que foi por isso que o Ignácio Coqueiro me convidou para fazer a novela", supõe ele, referindo-se ao diretor da trama.

Mas não foi apenas o conhecimento da máfia siciliana o que encorajou o ator uruguaio a se mudar de "mala e cuia" de Porto Alegre - cidade onde vive desde os 15 anos - para o Rio. "Lá em Porto Alegre, não há muito espaço para a TV. O que há é uma dramaturgia local muito incipiente", lamenta ele, que antes de atuar na trama de Lauro César Muniz já tinha participado de "Dicas de Um Sedutor" e "Duas Caras", na Globo, e "Chamas da Vida", da Record.

Birindelli confessa, no entanto, que não se sentiu atraído pelo personagem apenas pelo fato de ele ser proveniente da charmosa região italiana, mas também - e principalmente - por sua complexidade. "O Tucci é um 'clown' e, ao mesmo tempo, um mafioso. Se me perguntassem se ele é bom ou mau, diria que não é nenhum dos dois. Ele é um idiota", descreve, aos risos.

Apesar de não ter dúvidas quanto ao baixíssimo QI do mafioso, Birindelli admite, às vezes, não saber ao certo do que ele é capaz. "Ao mesmo tempo que ele toma decisões humanas e se emociona, ele é um assassino profissional. Então o que é bom ou mau?", indaga.

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